Formação do Preço da Energia Elétrica no Mercado Livre no Brasil
Formação do PLD
O problema do despacho ótimo consiste em obter o equilíbrio entre o custo futuro e o custo presente da energia. , considerando o armazenamento da água nos reservatórios e consequentemente maior uso de térmicas, aumentando o custo da energia no presente. Ou a utilização da água e maior utilização de térmicas no futuro, aumentando o custo futuro. A Figura abaixo apresenta a formulação do problema de despacho ótimo.
Assim, utilizam-se ferramentas computacionais (NEWAVE, DECOMP, DESSEM) para encontrar a solução ótima deste problema, considerando as condições hidrológicas, demanda de energia, preços de combustível, custo de déficit, entrada de novos projetos e disponibilidade de equipamentos de geração e transmissão. As ferramentas computacionais apresentam como resultado, além do despacho ótimo de geração térmica e hídrica para cada submercado, o custo marginal de operação (CMO).
Pode-se dizer que o PLD (preço do Mercado de Curto Prazo) é o CMO que é calculado nestas ferramentas computacionais (NEWAVE, DECOMP, DESSEM).
Desta forma, o PLD é o valor de energia determinado semanalmente, para cada patamar de carga (leve, média e pesada) com base nos valores encontrados dos custos marginais de operação de cada submercado, sendo limitados a valores mínimos e máximos conforme os períodos de apuração de cada submercado.

Figura 3. – Problema do Despacho Ótimo.
REUNIÃO - FORMAÇÃO DE PREÇOS NO ACL - NEWAVE - DECOMP - DESSEM
Principais Fontes de Geração - R$/MWh
Despacho Hidrotérmico - Spot Price - NEWAVE - DECOMP - DESSEM - PLD
CVU das Térmicas no Brasil na Época dos Leilões de Energia Nova em que somente as térmicas a óleo diese e gás ganhavam (observar abaixo a maluquice do Fator de Conversão (famoso Heat Rate))

[8] Empresa de Pesquisa Energética (EPE), “Leilão A-3 de 2011 de Compra de Energia Elétrica Proveniente de Novos Empreendimentos de Geração - Preços dos Combustíveis para Cálculo do CVU de Usinas Termelétricas a Gás Natural”, Nota Técnica EPE-DEE-IT-011/2011, de 14/02/2011.
Referência: Bruno Carvalho e Eduardo A. Sodré, “Análise de Risco - Análise de Risco da Viabilidade Econômica na Implementação de Termelétricas a Gás Natural”, Novas Edições Acadêmicas, Outubro, 2017.



ONS, PEN – Plano da Operação Energética, 2021 - Sumário Executivo.
CVU das Térmicas no Brasil atualmente (maio de 2024)(apareceram novas loucuras, tais como, o Custo Fixo entrar no Cálculo do CVU)
RESOLUÇÃO NORMATIVA ANEEL Nº 1.093, de 21 de MAIO de 2024 - Estabelece critérios e procedimentos para aprovação de Custo Variável Unitário de centrais geradoras termelétricas que não possuem mecanismo de reajuste do custo variável fixado em contratos regulados.
Art. 1º - Estabelecer critérios e procedimentos para aprovação de Custo Variável Unitário – CVU de centrais geradoras termelétricas que não possuem mecanismo de reajuste do custo variável fixado em contratos regulados.
§ 3º do Art. 1º - Os custos fixos poderão ser incluídos no CVU quando autorizados por ato do Ministério de Minas e Energia – MME, pelo período de sua vigência.
§ 10º do Art. 2º - Após a aprovação inicial do CVU pela ANEEL, a CCEE deverá atualizar mensalmente o CVU da UTE com relação à parcela P_Refm, por tipo de combustível utilizado na geração de energia elétrica da UTE.